Repórter do Estadão Flávio Pinto entrevistou diversos produtores brasileiros que passaram por uma campanha intensa de Oscar
O repórter do Estadão Flávio Pinto, antigo repórter do site de cinema Omelete, conversou com diversos brasileiros sobre o apoio, ou a falta dele, na corrida por um Oscar: o produtor de Marte Um Thiago Macedo, o crítico de cinema Waldemar Dalenogare, o diretor do curta Sideral (shortlisted em 2023) Carlos Segundo, o crítico de cinema e pesquisador César Castanha, o produtor de Deserto Particular Diogo Capriotti. Eu também dei minha opinião sobre o tema... Leia trecho da reportagem abaixo ou acesse a versão completa aqui.

Por Flávio Pinto 08/03/2024 | 14h30 Atualização: 09/03/2024 | 09h39
É provável que Barbie e Oppenheimer saiam vitoriosos na 96ª entrega do Oscar, que acontece neste domingo, dia 10. Embora seja esperado o triunfo de produções que representam instituições poderosas dos Estados Unidos, o prêmio está perdendo a cara de festa feita por e para Hollywood. Nos últimos anos, com a chegada de membros mais diversos à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS), títulos sul-coreanos, franceses e mexicanos conquistaram vitórias em categorias que vão além do prêmio de filme estrangeiro. Esse processo de internacionalização do evento, no entanto, ainda não gerou frutos para o cinema brasileiro.
O Brasil nunca conquistou um Oscar. Aliás, há pelo menos quatro anos, o País sequer é lembrado pela premiação. A última vez que cruzamos o tapete vermelho foi em 2020, ano em que Democracia em Vertigem, de Petra Costa, foi indicado a Melhor Documentário - e perdeu para Indústria Americana.
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Hoje, para ser lembrado pelos votantes, é necessário que um filme ganhe exibições especiais para votantes, anúncios em páginas de revistas especializadas, aparições em mesas redondas e outros. Todos esses passos, no entanto, demandam grandes investimentos financeiros – ou conexões sólidas, como ressalta Juliana Sakae, relações públicas das campanhas para o Oscar dos filmes Deserto Particular e Babenco.
“Diferentemente dos Estados Unidos, Itália, Polônia e outros países, o Brasil carece de uma rede de apoio para seus candidatos ao prêmio”, afirma Juliana. “Falta que as instituições governamentais reconheçam a importância do prêmio para nossa cultura, e que as instituições tenham um preparo para receber os candidatos.”
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